domingo, 9 de outubro de 2011

Análise De Disco - É Proibido Fumar (1964)

Esta matéria contém:
  • Análise De Disco - É Proibido Fumar (1964)
  • Roberto Carlos estoura champanhe e batiza novo iate em cerimônia íntima.
  • Aniversário de Ana Luiza Machado.
  • Show fechado para Tintas Suvinil.
Olá súditos!

Estamos de volta, com mais uma análise de disco, assinada por Pedro Mülbersted, membro da equipe de nosso Blog. Sob encomenda, ele escreveu sobre o disco lançado pelo Rei, em 1964, "É Proibido Fumar". Detalhes que você desconhece de um lançamento que você conhece bem. Curiosidades sobre o lançamento do disco, e o impacto dele sobre a sociedade brasileira. Tudo isso na nossa matéria de hoje. Boa leitura!

ROBERTO CARLOS, 1964: É PROIBIDO FUMAR


Hoje vamos falar de um disco que é um marco na carreira do nosso Rei: É Proibido Fumar, de 1964. Depois de ter alcançado projeção nacional no ano anterior, com Splish Splash (que você pode relembrar a resenha AQUI, agora Roberto Carlos consolida sua posição como expoente do Rock brasileiro; só para ter uma ideia, é neste disco que estão dois clássicos absolutos da sua carreira – É Proibido Fumar e O Calhambeque – canções marcadas no cancioneiro popular brasileiro que, mesmo quem não gosta do Rei (coitados...), conhece.

É Proibido Fumar, música que abre o disco, já mostra de cara o que vem pela frente: um Roberto Carlos “rebelde” para os padrões da época e Rock'n'roll inspiradíssimo nas raízes americanas do estilo, ainda não tanto influenciado pelo Rock britânico que se popularizava no mundo (“Os Reis do Iê-Iê-Iê” (A Hard Day's Night) dos Beatles acabava de sair). Esta canção também é um dos primeiros Rocks originalmente brasileiros. Composição própria de Roberto e Erasmo Carlos, representa os primórdios de uma parceria que se manteria firme lançando muitos clássicos. (Foto: Arquivo Blog RCB)

Aqui a rebeldia é contra a lei (Mas nem adianta o aviso olhar/Pois a brasa que agora eu vou mandar/Nem bombeiro pode apagar...♫) e contra os padrões morais da época (Eu pego uma garota e canto uma canção/E nela dou um beijo com empolgação, rá!/Do beijo sai faísca e a turma toda grita/Que o fogo pode pegar...♫), tanto que, para a sociedade conservadora que tínhamos, Roberto era um típico exemplo de “juventude transviada”. Só que o que eles não imaginavam é que esta contestação aos valores tradicionais, à ordem social instituída, era um movimento generalizado no mundo ocidental, a “explosão da juventude” - o que, mais tarde, resultaria no movimento de contracultura. Que a honra a nossa ter um representante tão ilustre, não?


A música seguinte, “Um leão está solto nas ruas” continua com esse clima de rebeldia: temos aqui uma sutil referência sexual, se o ouvinte perceber bem... por que você acha que o tal leão não vai ter problemas de alimentação? Bom, temos uma curiosidade aqui: a mixagem original de 1964 trazia um rugido de leão no início da faixa, um efeito especial de estúdio colocado na mixagem final do disco (ele não se encontra em nenhum tape), que, infelizmente, se perdeu nas reedições que foram feitas deste, depois de 1971. Só quem tem o vinil dessa primeira prensagem tem a versão com o rugido... Ao longo dessa resenha, o leitor verá que não é o único caso. Como o Blog RCB adora trazer coisas que você ainda não conhece, resgatamos, diretamente do Acervo James Lima, a versão com rugido de leão, para sua apreciação. Delicie-se.
{ÁUDIO TEMPORARIAMENTE INDISPONÍVEL}
Esta gravação está fora de catálogo.

Outro bom exemplo de “explosão da juventude” é a música “Broto do Jacaré”, um legítimo surf rock; nada mais adequado para uma letra que conta a história de um rapaz que faz de tudo para chamar a atenção do broto. Digo que é um bom exemplo porque traz à memória as praias cariocas e do litoral paulista, cada vez mais frequentada por aquela juventude que, gradualmente, firmava o seu lugar na sociedade e se reconheciam como “juventude”, muito graças à Jovem Guarda (que estrearia no ano seguinte apenas) e a figuras como Roberto Carlos. (Foto: Arquivo Blog RCB)

E por falar em surf rock, essa aqui não é o único exemplar presente neste disco; aliás, este é um ritmo cuja influência pode ser sentida em todo o disco, principalmente no uso do saxofone como instrumento solo, uma das marcas do estilo. Outra música que segue esta linha é a que fecha o play, “Desamarre meu coração”, versão para Unchain my Heart, de Ray Charles; basta ouvir a versão original para constatar que a esta versão ficou um bocado diferente da original – mais um ponto para a originalidade do Rei!


Aqui o vídeo da música do Ray Charles, para quem quiser tirar a prova real:


[VIDEO TEMPORARIAMENTE INDISPONÍVEL]

E por falar em versão, temos outra neste disco que não fica devendo em nada para a original – há quem diga até que é o contrário... estou falando de “O Calhambeque”! Erasmo Carlos praticamente escreveu outra canção em cima da melodia de Road Hog de John D. Loudermilk, que, embora também conte uma história envolvendo carros, não tem muito a ver com a paixão de um jovem rapaz por um carro velho, como conhecemos. E por sinal, ela tem muito a dizer sobre o nosso ídolo, afinal, ele mesmo é um aficionado por carros, novos e antigos. Aguardem as próximas matérias aqui do blog... hehehe... Bom, clássico absoluto da carreira de Roberto Carlos, esta música até hoje está presente em quase todos os shows e tem admiradores de todas as gerações. Ao que me consta, segundo informações, “Road Hog” não vendeu nem a metade do que “O Calhambeque”, só para termos uma noção do que é a “Robertomania”. (Foto: Arquivo Blog RCB)

Aqui também a música de John Loudermilk, para quem quiser conferir:

[VIDEO TEMPORARIAMENTE INDISPONÍVEL]

E já que estamos falando em originalidade, queria destacar só mais uma música em especial: “Louco não estou mais”, penúltima canção do álbum. Destaco ela porque, além de composição própria da nossa “dupla de super heróis”, a letra é uma brincadeira que faz referência a outras músicas do repertório do nosso cantor, até então: “Louco por você”, “Malena”, “Susie”, “Chore por mim”, “Splish Splash”, “Baby, meu bem”, “Mr Sandman”, “Brotinho sem juízo”, “Linda”, “Triste e abandonado”, a maioria, como podemos ver, gravadas em compactos antes do Rei “estourar”. Uma ideia sensacional, coisa de gênio mesmo. Ouça essa canção, clicando no PLAY.
{ÁUDIO TEMPORARIAMENTE INDISPONÍVEL}

As outras músicas presentes nesta obra também são “uma brasa, mora?”: são elas: “Rosinha” (com um romântico assobio)
, “Jura-Me”, “Meu Grande Bem”, “Minha História De Amor” (do amigo José Messias), “Nasci Para Chorar”(com um ritmo pulsante) e “Amapola” (versão de sucesso homônimo em espanhol.) São músicas que nos remetem àquela geração dos anos 60 e a todos os elementos que compunham a “juventude” daquela época, ou seja, o que era essa identidade de ser jovem. O beijo no portão, os namoricos inocentes, a ingenuidade das canções que, para nós, em 2011, não tem nada de “rebeldia”, mas que, naquele tempo, eram motivo para deixar muita gente de castigo (ainda tem pai que bota filho de castigo, hoje?). (Foto: Contracapa do disco 1964)

É proibido fumar” também nos mostra duas coisas interessantes: a primeira delas é como o Rock mudou, ao longo do tempo. Como já falei, o rock britânico estava chegando no Brasil neste mesmo ano, com seus Beatles, Rolling Stones, Hollies, e por aí vai; não muito depois o Rock já virou outra coisa, com a Psicodelia, e mais para frente o Rock Progressivo, o Rock pesado (Hard Rock ou Heavy Metal, aqui chamado, na época, de “rock pauleira”), além daqueles que manteriam fortes influências do Rock “raiz” dos anos 50 e 60.


E a segunda curiosidade é que Roberto Carlos também mudou muito ao longo do tempo: de “roqueiro rebelde”, passou a “soulman” e chegou ao cantor romântico que conhecemos hoje, ou melhor, ao maior cantor romântico da América Latina. O romantismo já estava presente aqui, sim, como podemos ver e ouvir nestas canções – é bom dizer se não tem gente que é capaz de dizer que o Roberto “traiu o movimento” (rsrs). Mas Rock não tem só a ver com “rebeldia”, “contracultura”, “violência”, ou o famoso slogan “Sexo drogas e Rock'n'roll”: é também romântico, filosófico, crítico, e por aí vai. E nisso, também, Roberto é um gênio!
Na foto, Erasmo Carlos, Roberto Carlos e Edy Silva, na coletiva de lançamento do disco "É Proibido Fumar".
Próxima Matéria
Próximo domingo, estaremos de volta, para falar sobre os carros de Roberto Carlos. Não perca!

Roberto Carlos estoura champanhe e batiza novo iate em cerimônia íntima

O FUXICO - 09/10/2011 às 14:01
Publicado por Ana Luiza no BlogRCB - 09/10/2011 às 22:20


Roberto Carlos acaba de estrear novo brinquedinho, digno de um rei. Trata-se de um iate Falcon 115. O barco foi comprado em Miami e, em maio deste ano, o cantor viajou para os Estados Unidos especialmente para ver detalhes de sua decoração.

Em conversa como OFuxico, uma fonte próxima ao cantor revelou que seu novo passatempo é sair de sua casa para jantar no barco. Muito chique.

O iate atracou esta semana no Porto de Jaraguá, em Maceió (AL), e Roberto viajou para a cidade especialmente para cuidar da liberação dos documentos junto a Policia Federal. Estavam com ele a secretária, Carminha, um assessor, e os dois pilotos de seu avião particular.

Generosidade de um Rei

Em Maceió o cantor batizou a embarcação Lady Laura IV com direito a uma cerimônia íntima que teve um momento especial, digno da generosidade do artista. Acreditem, ele convidou o motorista alagoano que o atendeu durante sua estadia na cidade para participar do brinde.


O próprio motorista contou a um blog local que Roberto pediu para que Carminha fosse chamá-lo, pois o mesmo também fazia parte da equipe. Na hora do batismo todos rezaram juntos o Pai Nosso.

Roberto Carlos ficou hospedado no Hotel Radisson.

O nome dos barcos

Como já é tradição o cantor sempre batiza seus barcos com o nome de sua mãe, que morreu em 17 de abril de 2010 aos 95 anos. Este será o Lady Laura IV. O Lady Laura I e o II foram vendidas e mudaram de nome e até então o luxuoso Lady Laura III era mais sofisticado iate já comprado pelo rei.

Quando se trata de adquirir suas embarcações Roberto é exigente. Sabe-se que o Lady Laura III demorou quase oito anos para construí-lo do jeito que ele queria. Tem cinco suítes, sala de estar e jantar, ampla cozinha e áreas de lazer. O barco fica ancorado na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, bem perto da casa onde vive Roberto, que pilota pessoalmente seus iates.

O Lady Laura IV é uma versão menor e mais moderna do Laura III e tem 80 pés - equivalente a 27 metros. Fontes não oficiais contam que o barco custou R$ 38 milhões e será registrado em Maceió.

O Falcon 115 é definido como a verdadeira essência de todos os grandes iates já lançados no mercado. O iate tem 115 pés (35 m de comprimento). São cinco suítes, salas de estar e jantar, cozinha completa e escadaria circular, tudo personalizado para o Rei.

Veja mais fotos do interior do iate do Rei



Aniversário de Ana Luiza Machado
James Lima - 12 de outubro de 2011 às 08h15

Foto: Aninha e Roberto Carlos, dia 24 de setembro de 2011, em Belo Horizonte
Olá súditos!

Vim lembrar que hoje, dia 12 de outubro, é aniversário de Ana Luiza Machado, nossa querida Aninha. Quando criei o blog, em 2006, sempre tive muito trabalho com ele. Em 2008, contudo, comecei a ter ajudas de colaboradores. Aninha entrou na equipe de nosso blog em abril de 2010, e já mostrou que veio pra ficar. Ela é competente, dedicada, atenciosa e altamente empolgada com o que faz (kkkk). Graças a Aninha, muitas coisas boas acontecem no blog, e muitos projetos são realizados, também graças a ela.


Aninha, acima de ser minha secretária, você é minha amiga. Queria agradecer, em primeiro lugar, sua amizade. Em seguida, agradecer sua dedicação com o blog, não só como presidente, mas como fã de Roberto Carlos, que vê, no seu trabalho, um rico instrumento de divulgação da carreira de nosso ídolo comum.
Que Deus te proteja e te abençoe sempre, que mantenha nossa amizade, e que continuemos rindo dos outros (kkkk) publicando âncoras e seguindo o Roberto por muitos e muitos anos.

Um beijo grande deste seu chefinho que te adora.

James Lima


Show fechado para Tintas Suvinil


Rafael Avena - 12/10/2011 às 22:00


Foto: Exclusiva do BlogRCB

Olá Súditos!

Estamos aqui para comentar que no dia 03 de outubro de 2011, segunda feira passada, nosso Rei fez um show fechado para funcionários da Tintas Suvinil na comemoração dos 50 anos da empresa pertencente ao grupo BASF.

Ainda não temos muitas informações sobre o show, mas podemos adiantar que foi realizado em São Paulo, no Credicard Hall e foi baseado nos show feitos pelo Rei no último mês em Belo Horizonte e Brasília, incluindo os sucessos Emoções, Amor Perfeito e Nossa Senhora e com direito ao coral da platéia em Como é grande o meu amor por você na abertura do espetáculo.

Estamos colhendo novas informações e colocaremos aqui para vocês súditos!

É o nosso Rei à todo vapor!!!!


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1 comentários. Clique aqui para comentar!:

Ana Luiza disse...

Muito obrigada pelo carinho James!! Muito lindo o texto!! Fiquei até emocionada aqui!! É um orgulho fazer parte desta equipe maravilhosa!!